Choque em carregador e perda de memória: empresária do PR estava descalça quando sofreu descarga elétrica de 220 volts
29/10/2025
(Foto: Reprodução) Empresária do PR tem convulsão e perda de memória depois de choque em carregador
A empresária e psicóloga Juliana Roncaratti, de Londrina, no norte do Paraná, estava descalça no momento em que levou o choque elétrico de 220 volts - o que pode aumentar a densidade da corrente elétrica pelo corpo, de acordo com a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). O acidente, que aconteceu no momento em que ela tentou usar um carregador de celular, causou perda de memória temporariamente e ferimentos. Veja no vídeo acima o alerta que ela fez sobre a situação.
Ao g1, Juliana explicou que havia saído do banho, também com o cabelo molhado, e estava se preparando para dormir.
Ao tentar colocar o celular para carregar, o conector se desencaixou. A empresária, então, em um impulso, tentou recolocá-lo no cabo - que não era o original do celular e estava conectado na tomada.
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Conector que se soltou do cabo e causou o acidente.
Arquivo pessoal
O acidente aconteceu em um hotel de Florianópolis (SC) no dia 18 de outubro.
A contração muscular causada pelo choque fez Juliana bater o rosto contra a parede. Isso causou ferimentos na boca e no rosto dela.
Depois, ela teve convulsão, caiu e batendo a cabeça contra o chão. Foi neste momento que um corte se abriu atrás da cabeça dela.
A sócia de Juliana realizou os primeiros socorros e pediu ajuda à equipe do hotel e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Peça do cabo que se soltou e um dos ferimentos que Juliana teve com o choque.
Arquivo pessoal
"O que eu lembro é da hora que eu abri o olho, o quarto estava cheio de gente. [...] mas eu não estava reconhecendo eles. Então, eu não conseguia saber onde eu estava, não conseguia saber quem eu era, não conseguia falar, não conseguia é nada", Juliana explica como foi.
A memória da psicóloga voltou totalmente em seis horas.
Atualmente, Juliana está em tratamento com um neurologista e deve tomar, durante um mês, um medicamento anticonvulsivante. Os exames não detectaram sequelas.
"Esse choque, ele poderia ser fatal. Todos os médicos falaram isso", a empresária relatou.
Juliana tem 40 anos e estava viajando quando acidente aconteceu.
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O que pode ter causado o acidente
Ao g1, a Abracopel explicou o que pode ter causado o acidente de Juliana.
Conforme Edson Martinho, engenheiro eletricista e diretor-executivo da Abracopel, os carregadores de celular são feitos para transformar tanto 127 volts ou 220 volts em 5 volts, que é a tensão correta para a bateria do aparelho. Se o carregador apresentar uma falha, ele pode entregar os 220 volts, por exemplo.
"Isso acontece mais com frequência quando é carregadores não originais", Martinho destacou.
A provável causa, de acordo com a análise do profissional, é de que o carregador paralelo tenha falhado e, com a peça desencaixada, Juliana relou na parte energizada. A reação foi potencializada porque a empresária estava descalça.
O engenheiro eletricista reforça que reparos em aparelhos não devem ser com eles conectados à tomada ou a uma extensão. No caso da extensão, a pessoa deve verificar, antes do uso, se não há fios partidos ou soltos.
"E sempre usar o celular com ele fora do carregador. Nunca com o carregador. Porque se numa situação dessa acontecer uma falha, você está transferindo os 220 volts ", explicou.
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